lunes, 22 de junio de 2020

EL CUADRO DE LOS MÁRTIRES (em português)

O QUADRO DOS MÁRTIRES


  A representação do Padre Azevedo e dos chamados mártires do Brasil (mártires de Tazacorte entre nós) tem pelo menos três versões conhecidas no arquipélago canário.


  Estes três quadros refletem o momento do trágico e sangrento acontecimento que ocorreu nas águas de La Palma. A lembrança deste martírio apagou-se com o passar do tempo, como narrou o padre Alonso de Andrade, em missão às Ilhas Canárias entre 1631 e 1633. Naquela altura, apenas alguns idosos tinham notícias do assunto. Decidiu-se então capturar em tela o gesto heroico e santo dos jesuítas. Pinta-se o padre Azevedo, liderando o grupo de missionários, com a imagem da Virgem na mão.


  Na igreja de El Salvador encontra-se um deles realizado por Juan Manuel de Silva, no Museu de Arte Sacra de Las Palmas conserva-se outro de autor anónimo e na igreja de San Miguel Arcángel encontra-se o terceiro, contemporâneo ao de El Salvador. Este último tem um texto mais extenso do que os anteriores: “Tendo partido o padre frei Inácio de Azevedo com 39 companheiros para pregar a fé e sofrer martírio por ela, chegaram a este lugar de Tazacorte e, tendo desembarcado e celebrado Missa o padre frei Inácio, e dada a sagrada Eucaristia aos seus companheiros, voltaram a embarcar e em frente da ponta de ... navio de franceses huguenotes e foram martirizados por eles, a ... de julho de ...”.


  Os estudiosos desta matéria concordam que o quadro de Gran Canária e os dois de La Palma parecem "corresponder ao mesmo período, ou seja, ao início do século XVIII...”. Podemos inferir que um deles inspira os outros dois, ou que as três representações emulam uma pintura anterior, talvez a original, colocada no templo de El Salvador.